por Claudio Fernandez – coordenador ESPAÇO PILATES
A respiração junto com a circulação são os movimentos básicos do corpo. Os sistemas tradicionais a reconhecem como chave para verdadeira união entre corpo, mente e espírito.
No sentido fisiológico, por ser uma parte voluntária e uma parte involuntária, permite o acesso as funções autônomas sobre as quais não temos o controle consciente, isso é percebido no Yoga, onde os profundos conhecimentos sobre exercícios respiratórios influenciam e permitem controlar a circulação sanguinea, o aparelho digestivo, a função hormonal e, por consequência, o processo de homeostase do corpo humano.
No método Pilates, a respiração é o motor do movimento, ele acontece a partir dela e junto com ela, o fluxo respiratório gera o fluxo do movimento. O tipo de respiração usada é chamada “labial”, com ela o ar se inspira de maneira suave pelo nariz sem fazer o barulho típico de uma inspiração forçada, usando os canais nasais inferiores mais amplos para uma passagem desobstruída de ar e a expiração em contra partida é vigorosa, o ar é ocluído pelos lábios que se posicionam como se assoprassem no gargalho de uma garrafa para fazê-la assoviar ou como se tocasse uma flauta, a laringe e a língua devem estar relaxadas sem ocluir a passagem de ar.
A Inspiração é torácica e completa, utilizando a mobilidade intercostal e apical coordenadas com uma expansão tridimensional da caixa torácica de forma que o ar se distribui homegeneamente em todo o pulmão. A Expiração realiza o movimento contrário, produzindo o abaixamento das costelas num leque tridimensional de maneira completa para expelir a maior quantidade de ar e estimular a musculatura abdominal, que é a musculatura acessória expiratória, a uma intensa contração. Essa alternância entre uma inspiração suave e uma expiração vigorosa tem como objetivo estimular o Diafragma Torácico, músculo fundamental da vida. Ela também é usada no Oriente para canalizar energia para o corpo e o movimento.